O legal de pesquisar a palavra moda no Google, é que simplesmente não vem só o que, de fato, a palavra significa. O ‘tá na moda’ ampliou o campo de acesso. E tudo que vem do nada, instala-se na sociedade e por vezes passa rapidamente. Ganha o termo ‘tá na moda’, depois.
O facebook tá na moda, a tablet tá na moda, dupla sertaneja tá na moda, sustentabilidade tá na moda... e por aí vai! (considerem esses itens para essa semana, pode ser que na outra isso já nem seja mais moda.)
Porque a ‘bambambam’ do tá na moda é a tal da efemeridade. (Oi?) É, efemeridade tá na moda. Uma moda um tanto quanto duradoura demais, com o perdão do trocadilho, concordam? Mas não deixa de estar na moda. Ou na época dos seus pais era tão comum assim: o carro durar alguns meses, o casamento alguns dias, as roupas alguns segundos e as inovações tecnológicas de última geração hiper mega super power alguns milésimos de segundos?
Eu não sei se eu sou careta demais, sonhadora demais, iludida demais ou simplesmente idiota demais. Mas as coisas e as pessoas se tornaram efêmeras demais.
E a tendência é piorar. O que é novo, interessante e capaz de segurar a atenção de um adolescente por mais de 10 dias? O que é capaz de segurar a nossa atenção? Tudo é rápido, tudo é pra ontem, tudo já é velho! E o que guardamos de tudo isso? Eu me lembro com perfeição às músicas que eu escutava na minha infância, das séries da televisão que eu via, das brincadeiras que eu fazia. Mas se me perguntarem o que eu ‘curtia’ ano passado, provavelmente eu vou ficar em dúvida.
Não sei daqui alguns anos eu vou me lembrar dos destaques de hoje ou se estarei preocupada demais com o que irá acontecer ainda. É, talvez até lá a nostalgia deixe de existir.
E quão ruim será isso? Será ruim?
Beijos,
Renata Secco
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